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Mais PM’s envolvidos em quadrilhas criminosas em SP, segundo notícias

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Até onde vai a ousadia dos criminosos? Quadrilha clonou uma viatura!

Viatura clonada

14 são presos. Entre eles uma senhora de 65 anos, um PM (sendo que outro está foragido). Quadrilha era especializada em assaltar condomínios e em clonagem de veículos roubados.

Uma "super quadrilha"

Eles clonavam veículos para confundir porteiros e seguranças e entrar nos condomínios.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu um grupo de criminosos que roubavam carros e clonavam suas placas, deixando os veículos idênticos aos dos moradores dos edifícios que seriam roubados, para entrar nos prédios sem levantar suspeitas, de acordo com o delegado Nelson Silveira Guimarães, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O grupo, de 14 pessoas, que contava com um policial militar, é suspeito de integrar uma quadrilha especializada em roubos a condomínios, bancos e a caixas eletrônicos na capital paulista.

O grupo, que foi preso quando se preparava para roubar um condomínio na Chácara Klabin, na zona sul da capital paulista, também clonou uma viatura da Polícia Civil para facilitar a fuga e movimentação em outros roubos. Ainda de acordo com as investigações, a quadrilha era extremamente violenta, e torturava as vítimas durante os assaltos.

“Eles aterrorizavam os moradores, amordaçavam, espancavam, colocavam algemas (de aço ou de plástico)”, relatou o delegado, que informou que a ação costumava ocorrer entre o fim da madrugada e o início da manhã, e durava cerca de 4 horas.

A Polícia Civil ainda investiga quantos crimes foram cometidos pela quadrilha, mas o grupo é suspeito de ter participado do assalto a um caixa eletrônico em Santo André (Grande São Paulo) que terminou com a morte de um policial militar, em julho do ano passado, e do arrastão a um prédio na Rua do Paraíso, também na zona sul, no início do mês.

Ajuda interna

Além do policial militar preso hoje, a corporação identificou outro PM suspeito de integrar a quadrilha, que continua foragido. Eles eram responsáveis por monitorar a movimentação de policiais nas regiões onde os assaltos ocorriam, e a prisão ocorreu com a colaboração da Corregedoria da Polícia Militar. Um porteiro também é suspeito de ter participado da ação, e a polícia espera prendê-lo nos próximos dias. De acordo com o delegado, era comum os criminosos receberem “ajuda interna” para invadirem os condomínios.

“Geralmente a quadrilha tinha alguma ajuda interna. (Nesse caso) O porteiro do prédio passou a lista de nomes de moradores do condomínio e informou quantas pessoas estariam no local”, disse o delegado.

As investigações duraram cerca de três meses e, segundo o diretor do Deic, entre os criminosos há integrantes de facções. Hoje, dois suspeitos foram baleados durante a operação policial, sendo que um deles foi atingido apenas de raspão e o outro teve de ser hospitalizado.

Foram apreendidos um fuzil, duas metralhadoras, três pistolas, dois coletes, uma granada, além de algemas e materiais similares aos da Polícia Civil. Também foram apreendidos 11 carros, entre eles a viatura clonada. A operação contou com 60 policiais civis e dois helicópteros.

Fonte: Terra Notícias

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Millôr Fernandes morre em casa, Ipanema, na Zona Sul do Rio.

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Veja a repercussão da morte de Millôr Fernandes

Escritor morreu em casa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.
Cartunistas Laerte, Paulo Caruso e Arnaldo Branco lamentaram morte.

Os cartunistas Laerte, Paulo Caruso e Arnaldo Branco, entre outros, lamentaram a morte do escritor Millôr Fernandes. Ele morreu às 21h de terça-feira (27), em casa, no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Laerte – cartunista: “Minha vida cresceu na luz do Millor. Fui apresentado a ele, fiquei emocionado. É uma das marcas mais importantes da cultura brasileira na questão do humor. Ele era uma entidade, já tem uma posição muito sólida e estável. Não existe uma área da cultura que ele não tenha visitado: teatro, literatura, música, artes plásticas. O cara era uma figura que se expandiu sobre todas as possibilidades da cultura. Politicamente, ele era uma pessoa conservadora. É meio ‘abalante’ você assistir a morte de dois grandes nomes do humor e da cultura, Chico e Millôr”.

Sérgio Augusto, escritor e jornalista (em depoimento à Globo News): “Eu o achava a inteligência mais fulgurante do Brasil. Nosso maior frasista, e de frases realmente lapidares. Ele tinha um domínio da língua portuguesa e ele buscava a perfeição. O humor escrito precisa de um tempo. Ele dizia que jamais gastava onze palavras onde cabiam dez. Ele era um grande tradutor também. Ele ia se chamar Milton Fernandes. O juiz esqueceu-se de passar um risco no te virou Millôr Fernandes.”

Arnaldo Jabor (em depoimento à Globo News): “Fico espantado que em poucos dias morreram dois dos maiores humoristas do Brasil, num país em que o humor não está com o mesmo vigor que tinha. O bom humorismo é o que eles faziam, que virava pelo avesso o comportamento brasileiro. E, pelo avesso do espelho, a gente via o país de uma maneira muito mais clara. Os dois têm o mérito de ter mostrado durante todos esse anos o lado risível da nossa vida.”

Paulo Caruso, cartunista (em depoimento à Globo News) – “Foi o mestre mais importante da minha geração, o cara mais influente. Começou também garoto, trabalhando em redação. Teve que se virar sozinho muito cedo, ficou órfão de pai e mãe muito jovem. Desenvolveu uma agiliadde mental muito rapidamente. Sempre teve um trabalho que se aproximava do plástico, uma coisa sofisticadíssima. Podemos dizer que era um deus pra gente. Sabia muito bem como ir pulando de uma coisa para outra. Queria deixar todo mundo corformado. Foi um mestre mais importante da minha geração, o cara mais influente. Foi lá assistir o Chico Anysio diretamente.”

Sergio Sant’anna, escritor (em depoimento à Globo News)– “O maior gênio brasileiro. Era um filósofo. Como de uma mente humana podia sair coisas tão inteligentes, tão engraçadas e tão comprometidas fcom a liberdade. Era um artista político. As pessoas como o Millôr Fernandes deveriam durar pelo menos uns 200 anos”.

Arnaldo Branco, cartunista – “Ele é o maior nome do humor no Brasil. Começou com 13 anos no ‘Cruzeiro’. Não é só a maior carreira, mas também o maior tempo publicando coisas de qualidade. Para a minha geração, foi até mais impactante do que o Chico Anysio. É o Pelé do humor. Tinha muitos recursos, poderia trabalhar com trocadilho, fazer um humor mais sutil, algo de mais conteúdo… Fora o fato que traduzia Shakespeare. É realmente o maior. Uma grande perda para o humor e para as letras do Brasil. Basicamente, era o nosso maior satirista.”

Zuenir Ventura, jornalista e escritor (em depoimento à Globo News) – “O Millôr conseguia esse milagre de misturar o traço e a palavra e introduzir a dimensão filosófica, não só fazia rir como fazia pensar. Perdemos o Chico Anysio e agora o Millôr. O Brasil perdeu a graça. Ele era absolutamente genial. É realmente muita perda. Ele era acessível, não era um hermético. Usava o humor para pensar. Uma perda terrível. Para o jornalismo, literatura, tradução, teatro, tudo. É sempre um choque e uma sensação de injustiça.”

Marcelo Madureira (em depoimento à Globo News): “Sempre foi um cara muito cioso da profissão de humorista. Mostrou que humorista é um intelectual, na verdade, e com muita coragem. Deu a sua contribuição. Poderia ter ficado mais entre nós, mas viveu. Estou realmente muito emocionado.”

Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo (nota à imprensa) – “Com a morte de Millôr Fernandes, o Brasil perde uma referência de humor refinado, criatividade e bagagem cultural. Sua vida foi um exemplo de retidão e princípios que ajudou muito na formação do pensamento democrático brasileiro”.

Dilma Roussef, presidente (nota à imprensa): “Millôr Fernandes foi um gênio brasileiro, um ícone do humorismo. Brilhante jornalista, com a mesma maestria tornou-se escritor, cartunista e dramaturgo. Autodidata, traduziu para o português dezenas de obras teatrais clássicas. Atuou em diversos veículos de comunicação, além de ter sido fundador de publicações alternativas. Com sua morte, o Brasil e toda a nossa geração perdem uma referência intelectual.”

Mauricio de Sousa, quadrinista (nota à imprensa): “Conheci o Millôr antes de ele ser Millôr Fernandes. Assinava Van Gogo, na revista O Cruzeiro. Eu me alimentava com as tiradas geniais, algumas que, por ser muito jovem, nem entendia. Era um humor atilado, sofisticado. Com o tempo, fui perdendo o Van Gogo e conhecendo a majestade do humor de Millôr. Nos últimos anos, acompanhei como e quando pude, aquela visão de mundo que ele nos passava. E aqui e ali, com críticas super-inteligentes, deixa um legado para a eternidade.”

No Twitter, famosos lamentaram a morte de Millôr Fernandes:

Evandro Mesquita, músico e ator – “Morre Millôr, melhor do humor. A Terra tem ficado mais triste. E tem uns maus políticos que não pegam nem resfriado…”

Ricardo Amorim, do “Manhattan connection” – “Para levar o Chico Anysio e o Millôr Fernandes em menos de uma semana, desconfio que Deus estava precisando rir.”

Datena, apresentador – “Em menos de uma semana mestre Chico Anysio e, agora, Millôr nos deixaram. Só podemos lamentar e reconhecer que foram verdadeiros gênios!”

Cristiana Oliveira, atriz – “Vai com Deus mestre,filosofo,transgressor,polemico,genio,homem de luz!”

Ritchie, músico – “Perder o Chico e o Millôr numa semana só é uma baita falta de humor.”

Fonte: G1

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